A Liga de Professional de Futebol Americano dos EUA, NFL, publicou recentemente seus dados financeiros referentes à temporada de 2007 e mais uma vez os números apresentados pela Liga mais rica do mundo impressionam. Na última temporada as 32 franquias participantes da NFL registraram uma receita recorde de US$ 7,1 bilhões, o que representa uma evolução de 15% em relação a 2005.
As 32 franquias apresentaram em 2007 uma receita média por time de US$ 222 milhões e nada menos que 60% das franquias têm valor de mercado acima de US$ 1 bilhão e juntos os times da NFL valem US$ 32,3 bilhões. Esse bom desempenho é fruto de um lucrativo contrato televisivo negociado pela Liga, contratos de patrocínio milionários negociados pela NFL, pela exploração comercial das marcas realizada pelas equipes, pela venda de produtos licenciados centralizada pela Liga e pela força dos estádios dos times.
Somente o contato televisivo da NFL com as emissoras CBS e Fox gerou para cada time mais de US$ 87 milhões em 2007, resultado direto do interesse do americano pela NFL, modalidade predileta da população com 20 anos ou mais, o segundo esporte entre os jovens de 12 a 17 anos e que registra os maiores índices de audiência entre todos os eventos esportivos nos EUA.
Apenas para fazer uma comparação na temporada 2006-07 os times da Premier League da Inglaterra apresentaram uma receita média por clube de US$ 167 milhões e com o novo contrato televisivo em vigência devem registrar um incremento dessa média por clube em 2007-08 de 19%, se aproximando mais da NFL. A Premier League com seu novo contrato televisivo deve tomar o posto da NBA que até hoje era a 3ª Liga que mais gerava receitas no mundo, sendo que a Liga inglesa conta com apenas 20 clubes, contra as 30 franquias da NBA.
A franquia com maior receita gerada na NFL permanece sendo o Washington Redskins que junto com o time de beisebol NY Yankees apresentou o maior faturamento entre todos os times profissionais dos EUA em 2007, US$ 327 milhões. O último colocado em geração de receitas foi o Minnesota Vikings, que em 2007 apresentou faturamento 68% menor que o líder Redskins. A diferença na MLB entre o líder no ranking de receitas e o último colocado em 2007 foi de 155%.
Um dado espantoso sobre a NFL é a rentabilidade que os times têm com seus jogos. Em 2007 a NFL levou 17,5 milhões de torcedores a seus 255 jogos, fazendo com que a Liga apresente a cada ano a melhor média de público do esporte global, 68,7 mil torcedores por partida realizada em 2007, o que representa um inacreditável índice de ocupação de 99% dos lugares disponíveis nas arenas.
Entretanto o que mais impressiona quando se fala em matchday revenue na NFL é a receita gerada a cada partida. Cada equipe manda apenas 8 jogos em casa na temporada regular e o ticket médio por torcedor é o maior entre todas as Ligas Americanas, US$ 90, o dobro do praticado pela NBA e 3,6 vezes maior do praticado pela MLB. O Washington Redskins é o time que mais recursos gera a cada jogo com seus torcedores, nada menos que US$ 10,5 milhões a cada confronto em casa.
Amir,
Números impressionantes. Gostaria de me ater primeiramente na questão Liga.
Não seria mais organizado e rentável aos clubes brasileiros a formação de Liga(s)??
Esses números que são apresentados no texto, deveriam por si só alavancar um projeto de gestão em nossos clubes o mesmo entidades, onde dentro de projeto uma comissão fosse criada, dela desenvolveriam prospectos ou mesmo organogramas para um processo de pesquisas em terras americanas.
Analisar e pesquisar qual o elemento fundamental e em outros aspectos, para o grande sucesso da NFL.
Será que o aspecto comercial da NFL não poderia ser implantado num projeto de gestão ao clube ou mesmo entidade no Brasil??
Abraço!!!
Olá Carlos,
O modelo praticado pelas Ligas Americanas é único no mundo, visto que a Liga administra com mão de ferro os negócios. Essa atuação é muito difícil de ser implementada no Brasil. Você consegue imaginar Flamengo, Corinthians e SPFC por exemplo receberem o mesmo valor pelas cotas de TV que Náutico, Figueirense ou Ipatinga?
Uma outra questão é que os Europeus que importaram o modelo de administração das Ligas dos EUA na década de 90 fizeram adaptações.
Agora sem dúvida a criação de uma Liga Profissinal seria muito interessante para o nosso mercado, já que o C13 se tornou um mero negociador de direitos de TV.
O que temos que estudar é como os americanos conseguiram transformar os seus esportes em ícones de geração de receitas, se conseguirmos aprender 10% do que eles fazem já seria uma evolução e tanto. Os europeus conseguiram, já que muitos clubes ganham até mais dinheiro que as franquias da NFL e MLB.
Nós infelizmente estamos na idade da pedra lascada.
Um abraço.
Amir
By: Carlos Rocco on 18/setembro/2008
at 12:45 pm
Amir,
Você seria a favor da formação/formatação da LIGA(s), no futebol brasileiro??
Seria uma saída consistente para se disciplinar e planejar melhor a gestão nos clubes e entidades futebol??
Por gentileza, descreva seu ponto de vista sobre o assunto.
Muito obrigado!!!
Olá Carlos,
Eu sou totalmente a favor da criação de uma Liga Nacional que seria uma empresa responsável por gerir o Campeonato Brasilerio das Séries A e B. Os clubes nesse caso seriam sócios da Liga representados por seus presidentes, mas não os executivos, que seriam remunerados e contratados no mercado.
A Liga infelizmente não deve nascer no Brasil, pois há diferentes entidades interessadas em manter o atual cenário.
Entretanto o resultado obtido com esse modelo no futebol europeu foi um dos fatores críticos para o suesso do futebol nos últimos 15 anos no Velho Continente.
Um abraço.
Amir
By: Carlos Rocco on 18/setembro/2008
at 3:48 pm
Amir, o exemplo é avassalador.
Dentre os diversos pontos que ajudam a compor a abissal distância da nossa realidade da das ligas esportivas administradas profissionalmente destaco o tratamento dado ao consumidor deste produto nas ligas americanas e européias e o imenso poder de negociação que estas tem junto à televisão e patrocinadores..o motivo é óbvio, são ótimos produtos administrados com credibilidade; e credibilidade é fator crítico de sucesso tanto para uma negociação de direitos de transmissão e patrocínio como até no grau de identificação do torcedor para com seu clube, ou franquia, como e aonde for.
Estamos longe disto pois convivemos com as administrações amadoras, escândalos a cada pouco e clubes passando o chapéu a cada rodada de negociação, enquanto isso, a pirataria vai tão bem que penso às vezes que seriam eles que nos deveriam ensinar marketing, logística, gestão de operações, direito, etc…(força de expressão, claro)..
Abraços,
Robert
Olá Robert,
Infelizmente estamos muito distantes de uma efetiva mudança em nosso cenário.
O pior é que sempre que se tenta apresentar alguma mudança significativa nessa nossa pobre realidade apresentam os mesmos argumentos ridículos:
– No Brasil é diferente;
– Aqui é um país pobre;
– O mercado não está preparado;
– O torcedor não ajuda;
– A Lei Pelé…..
etc,etc,etc
Infelizmente os maiores culpados da falta de mudança não enxergam que nosso mercado tem grande potencial e que basta quererem para começar a alterar o status quo.
Um abraço.
Amir
By: Robert Alvarez Fernández on 18/setembro/2008
at 5:48 pm
Tudo que americano toca vira ouro! Eles sabem fazer dinheiro.
Acredito que o futebol brasileiro se transformar em Liga Profissional a médio prazo é bem difícil. Imagina os clubes acostumados com Conselho Deliberativo interferindo burocraticamentee tendo que ser substituidos no poder por executivos…
Talvez o Basquete, Volei, Handebol dentre outros esportes deveriam experimentar se profissionalizar dessa forma com TV aberta claro!
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Gostaria de perguntar e sugerir para o Amir.
Se as Ligas de BASQUETE brasileira masculina e feminina bem como as de voleibol e até Handebol poderiam se organizar como Liga Profissional e comprar um espaço na programação de um SBT, Gazeta, Rede TV nos finais de semana para transmissões de seus jogos?
Além de produzirem um programa semanal sobre as notícias da Liga e especificamente dessa modalidade. Como se vê Igrejas Evangélicas podem comprar espaços na TV porque o Esporte não?
Olá Cleber,
A sua idéia é excepcional e há muito espaço disponível na grade da TV Aberta nesses canais que você citou, principalmente no fim de semana.
A questão é estruturar um projeto sério e que tenha continuidade. Além das questões esportivas os gestores dessas modalidades têm que se preocupar também com a comercialização de seus projetos e para isso somente profissionais capacitados poderão ajudá-los.
Pelo que li o pastor RR Soares paga R$ 4 milhões mensais para aparecer diariamente em horário nobre na Band. Será que um esporte como o basquete não tem condições de levantar recursos no mercado e comprar esses espaços?
Não quero fazer nenhuma crítica religiosa aqui, mas se a Band quer se transformar em uma grande emissora deveria rever essas parcerias, visto que horário nobre não é lugar para pregação religiosa.
Um abraço
Amir
By: Cleber on 18/setembro/2008
at 6:08 pm
Amir, Os números são realmente impressionantes, mas fiquei em dúvida sobre dois
1) Você diz que
“O último colocado em geração de receitas foi o Minnesota Vikings, que em 2007 apresentou faturamento 68% menor que o líder Redskins. A diferença na MLB entre o líder no ranking de receitas e o último colocado em 2007 foi de 155%.”
Na primeira comparação, o índice é em relação ao maior valor (em relação ao menor é de mais de 200%) e na segunda é em relação ao menor (em relação ao maior é de (61%). É isso?
2) Na temporada regular da NBA, não são 14 jogos? Não seriam sete jogos como mandante?
Abraço
Olá Marcelo,
Obrigado pela visita.
O 1º colocado em receitas da NFL, o Redskings apresentou um faturamento 68% superior ao último colocado em geração de recursos, que foi o Minnesota Vikings. Já na MLB o Yankees apresentou um faturamento 155% superior ao último colocado, o Florida Merlins.
Sobre a temporada da NFL são 8 jogos em casa e 8 jogos como visitante. Na NBA são 41 jogos em casa e 41 jogos como visitante.
Um abraço.
Amir
By: Marcelo Damato on 19/setembro/2008
at 3:08 pm
Sabe o que mais me espanta Amir? É que algumas franquias das ligas americanas têm apelo apenas nas suas cidades-sedes. Mas isso não os impendem de lucrar com produtos licenciados. É impressionante como eles transformaram essas ligas em grandes atrações com recorde e mais recordes de publico. A MBL possivelmente quebrará o recorde de ocupação do ano passado.
Olá Ricardo,
Realmente é impressinante a força local de boa parte das franquias.
Sobre os produtos licenciados há um controle da Liga sobre as franquias, assim mesmo aquelas que vendem pouco acabam se beneficiando de marcas mais fortes.
Sobre o público nos jogos da MLB o que mais impressiona é a quantidade de pessoas, por conta no excessivo número de jogos, mas o % de ocupãção médio é bem menor do que na NFL, 72% dos lugares ocupados.
A MLB representa 57% de todos os torcedores que compram ingresso nas Big 4 Leagues dos EUA.
Um abraço,
Amir
By: Ricardo on 19/setembro/2008
at 5:44 pm
Amir, por um acaso eu encontrei este site e estou admirado com o conteúdo e com a série de informações nele contido.
Bom, atualmente estou fazendo meu Trabalho de Conclusão de Curso sobre marketing esportivo no futebol. Creio que este site pode contribuir e muito não só para o trabalho mas para a minha carreira profissionla que desejo alcançar.
Gostaria de saber se é possível sempre que postar, informar de onde as informações são retiradas.
Muito obrigado e um forte abraço!
Olá Diego,
Fico feliz que você gostou das informações.
Conto com sua participação e audiência.
Um abraço.
Amir
By: Diego Pereira on 19/setembro/2008
at 7:32 pm
Amir,
Gostaria de saber se aqui será feito uma publicação sobre a Nova loja do São Paulo inaugurada recentemente. O projeto parece ser muito bom.
Abraço!
Olá Diego,
Obrigado pela sugestão , vou ver se consigo alguma informação diferenciada e faço um post.
Um abraço.
Amir
By: Diego Pereira on 19/setembro/2008
at 7:55 pm
Li em algum lugar que a NFL fatura por ano $ 3,5 bilhões só em produtos licenciados.
Olá Ricardo,
Historicamente a NFL gera dependendo do ano entre 42%- 45% de suas receistas com produtos licenciados, o que representa pelos dados apresentados em 2007 US$ 2,9 bi -US$ 3,2 bi, receita superior ao seus contratos televisivos.
Um abraço.
Amir
By: Ricardo on 20/setembro/2008
at 9:59 pm
Olá Amir e cia.
Já venho acompanhando o blog há algum tempo, pois, como todos vocês, fico revoltado com a falta de profissionalismo não apenas no futebol mas no esporte brasileiro de maneira geral, com raras excessões como a Stock Car e a Fórmula Truck.
Gostaria, aliás, de fazer algumas sugestões:
1- Daria para englobar em um post a impressionante organização do automobilismo brasileiro, que não sendo uma paixão tão ferrenha quanto o futebol consegue movimentar tanto dinheiro e ser tão lucrativa e rentável para os seus patrocinadores em alguns casos, como na Stock Car?
2- Vi alguns comentários sugerindo o sistema de Liga franqueada no futebol brasileiro. Pesquisando há algum tempo, descobri que a Liga de Futsal do Brasil funciona no sistema de franquias, mas não tenho dados sobre a rentabilidade dessa modalidade no Brasil. Você tem acesso a esses dados? A Liga de Futsal é rentável? Representa um modelo de franquia a ser seguido pelo futebol de campo?
Um grande abraço e parabéns a todos os blogueiros desse site pelo trabalho.
Olá André,
Obrigado pelos elogios e pela sugestão.
Realmente o automobilismo brasileiro está em um momento muito positivo. O problema é a total falta de transperência das informações. Nunca tive acesso a nenhum documento oficial da Stock Car , somente matérias abordado o assunto.
Sobre a Liga Futsal realmente ela trabalha no formato de franquias, mas infelizmente também tem pouca transparência de suas informações. Uma questão que já ouvi é que a Liga não tem interesse em ter times de camisa, prefere as empresas.
O que sei é que o Futsal tem baixísima audiência e segundo a pesquisa do Ipsos Marplan de 2006 é a 9ª modalidade em preferência em esportes mais acompanhados pela mídia. Fica atrás de natação, ginástica artístca, futebol de areia e vôlei de praia
Muito pouco para um esporte como o futsal.
Um abraço.
Amir
By: André Castilho on 21/setembro/2008
at 1:20 am
Não tinha reparado na primeira imagem, nela esta o estádio Lambeau Field, que é frequentado por uma das torcidas mais fanáticas da América, os torcedores do lendário Green Bay Packers, tri-campeões do Super Bowl.
Esse estádio tem uma particularidade, ele não têm cadeiras e sim a velha arquibancada, isso a pedido de sua torcida.
Esse time é a única franquia da NFL que pertence há sua cidade e não ao um dono como as outras.
Olá Ricardo,
Obrigado pelas informações, essa paixão do time com a cidade vem desde 1919. Hoje a franquia vale mais de US$ 1 bi.
Um dado interessante é que além dessa relação da torcida e da cidade com o time (o estádio é da prefeitura), como não há outras atividades de esporte profissional em Green Bay, há uma fila de espera de 70 mil nomes para adquirir ingressos nos dias de jogos.
Um abraço.
Amir
By: Ricardo on 21/setembro/2008
at 3:27 pm
É impressionante a NFL…
Agente tem muito o que aprender com eles…
O futebol americano tem um grande atrativo pra TV. O jogo pára bastante, o que possibilita um número maior de veículações comerciais.
Fiquei impressionado com o estádio que o Dallas Cowboys estão construindo. Se não me engano, algo em torno de US 1,5 bi. É impressionante…
Olá Paulo Henrique,
Os dados da NFL são realmente diferenciados e os contratos televisivos únicos no mundo dos esportes.
Sobre os estádios os valores investidos são altíssimos. Vamos ver agora com a crise que afetou os EUA, como esse cenário vai ficar.
Um abraço.
Amir
By: Paulo Henrique on 22/setembro/2008
at 1:34 pm
Com um povo que receba salários compatíveis, estádios que comportem e bilheterias que funcionem, tambem conseguiríamos chegar perto do que acontece por lá.
O desrespeito com o torcedor deixa muita gente longe dos estádios no Brasil.
Olá Renato,
Concordo com suas colocações e acrescento ainda a questão da violência como fator que mantém os jogos dos clubes como uma variável marginal da geração de receitas no futebol brasileiro.
Um abraço.
Amir
By: Renato Domingues on 23/setembro/2008
at 10:36 am
Olá Amir, mau nome é Alexandre, sou aluno de pós-graduação da FAAP e minha monografia é sobre marketing esportivo e meu estudo de caso é um clube de rugby. Acredito que esse seja um dos primeiros projetos que tenha no Brasil relacionados a clubes de rugby e dentro das minhas pesquisas vi muito o seu nome relacionado a mkt esportivo. Fiz uma pesquisa sobre você e me interesei pelos artigos que você escreve e gostaria de saber se você tem alguma sugestão de livros e artigos para que eu possa aprofundar o meu case.
Obrigado
Abraços
Olá Alexandre,
Vou entrar em contato por email.
Uma abraço.
Amir
By: Alexandre Ferrer on 5/novembro/2008
at 10:37 am
amir, claro q temos casos como real madrid e barcelona, que são entidades sem fim lucrativo, mas administrada profissionalmente, enquanto os clubes brasileiros n tiverem donos ou n abrirem seu capital, os clubes vão continuar sendo meras “categorias de base” para o futebol europeu.
So depois disso pode se pensar na formação de uma liga, que é a melhor forma dos proprietários venderem seus produtos, terem lucros e consequentimente terem times mais fortes.
Abraço
Olá Alex,
Não creio que a mudança de estrutura jurídica seja a única forma de solucionar nossos problemas.
Na Espanha os clubes que são SAD (quase todos) não conseguiram provar que como empresas seus negócios se tornariam viáveis. Agora discutem a possibilidade de voltar a estrutura jurídica anterior a Lei de 1990.
O Brasil corre o risco em uma mudança, que os acionistas majoritários sejam os presidentes e suas famílias, no momento da mudança da estrutura jurídica para empresa.
O mercado brasileiro pode evoluir para a reliadade de uma Liga Profissional, onde os clubes têm que apresentar um aval financeiro para participar, como nos EUA e na Europa.
E cada clube, mesmo sendo entidade sem fins lucrativos, ter uma administração moderna e profissional.
Um abraço.
Amir
By: alex on 24/fevereiro/2009
at 4:26 pm
Mas não falo apenas em mudança de estrutura jurídica. Mas sim da venda da marca (time). Só a mudança de estrutura, trás apenas um pouco mais de transparência, mas não funciona como uma empresa realmente, na busca de ser grande, de ter lucros.
A pouco tempo vimos grandes investidores se associando a times brasileiros, mas eles so adminstravam o licenciamento. Deixavam todo o resto por conta dos amadores. Agora me explique como uma empresa vai lucrar com licenciamentos, se quem cuida de dar boa impressão a marca são amadores e só sabem fazer o que vc ja sabe?
Com o advento da timemania, não foi aprovada uma obrigação para os clubes se transformarem em empresa. Seria bom, pq traria mais transparencia, como falei antes, mas por outro lado não iria mudar muita coisa na forma de administrar os clubes.
Olá Alex,
Você está certo, até porque com a Lei 10.672/03 todos os clubes devem publicar seus balanços. No caso dos clubes-empresa, aplica-se a mesma Lei, que é a Lei das S.A. também para as entidades desportivas profissionais. No caso de ser S.A., o clube fica subordinado também as regulamentações da CVM.
A questão é mais complexa no Brasil pois se o clube tem sócios, que definem o futuro político do clube, a entidade não pode ser vendida simplesmente como ocorre na Europa e EUA.
Na Espanha por exemplo, a família que estava na época da mudança da Legislação na administração do clube ficou com boa parte das ações…
Os sócios dependendo do estatuto do clube, podem decidir pela cessão temporária do departamento de futebol.
Esse modelo usado por praticamente todas as percerias aqui não deram certo pois os clubes exigiram também decidir o futuro das estratégias, sem contar as influências políticas vindas do clube social.
Uma crítica que faço a TODOS os grupos que investiram no futebol brasileiro desde a Lei Pelé é que sempre estiveram mais focados na compra e venda de atletas do que na exploração comercial das marcas dos clubes.
Até mesmo a Parmalat que na época foi um case de marketing, depois mostrou ser um projeto cujo grande objetivo era vender atletas valorizados.
A solução, em minha opinião, é cada clube desenvolver seu modelo de gestão sozinho, contando com executivos remunerados e fornecedores de qualidade.
Um abraço.
Amir
By: alex on 25/fevereiro/2009
at 12:57 am
olá amir , eu gostaria de saber se jogadores de futbol americano brasileiros , sao contratados por times americanos , que nem acontece no futebol normal.
By: pedro on 2/maio/2009
at 11:13 pm