Publicado por: Robert Alvarez Fernández | 4/agosto/2009

Construção de Estádios via BNDES – O Banco começa a ditar algumas regras.

A Questão dos estádios para a Copa de 2014 ganhou um tempero adicional no dia de ontém.

O BNDES deverá fixar, em breve, um teto de R$ 190 milhões o valor dos financiamentos que disponibilizará para a construção de estádios da Copa-2014, este valor é por estádio e bem abaixo que esses inflacionados empreendimentos demandam de recursos para sua construção ou reforma.

Se fala abertamente em 300, 400, 600 milhões de reais para construção de arenas adequadas ao caderno da FIFA; cheguei a ver alguns projetos já, embora lindos eles apresentam puro CTRL-C CTRL-V do caderno da FIFA, mas tudo bem.

É bom deixar claro para a opinião pública e sobretudo para os dirigentes e políticos que uma operação com o BNDES se trata de um empréstimo como outro qualquer, com contrato cheio de obrigações e direitos de parte a parte, inclusive com a cobrança de juros, mesmo que reduzidos e que para obtê-lo algumas garantias deverão ser dadas. Não é uso de dinheiro público a fundo perdido como é o sonho de muitos.

Contudo, a grande dificuldade é uma imposição do BNDES, aliás, bastante saudável onde o proponente, seja um clube, prefeitura, ou governo de estado terá que demonstrar ,por meio de um plano de negócio, como o empreendimento irá se sustentar pós copa, ou seja, se o estádio será capaz de gerar receitas de forma a honrar o compromisso com o banco e ainda assim garantir alguma receita, mesmo que empatando o custo.

O que não pode é ser deficitário, ou elefante branco no jargão comum.

Em um cenário de baixa ocupação nos jogos de futebol devido à violência, má qualidade de serviços prestados e péssimas condições de entorno deverá ser muito complicado convencer o BNDES, e seu bom corpo técnico, de que há eventos suficientes, quanti e qualitativamente falando para gerar receita suficiente para chegar à sustentabilidade. O quadro atual realmente não insipira confiança, mesmo nos grandes centros.

Antes que alguém reclame das razões que atribuo à pouca ocupação dos estádios, estas são as razões que aparecem em várias pesquisas, é o consumidor quem diz, não é opinião puramente minha.

Em não se obtendo a aprovação de financiamento via BNDES, resta apelar ou para a iniciativa privada, que sabe de todas essas dificuldades também, ou para o poder público, com o risco dos estádios tornarem-se imensos monumentos ao reinado dos políticos e à ineficiência que deles emana, com o contribuinte pagando a conta. Porém, ainda espera-se que o pragmatismo do banco prevaleça, mesmo que vivamos na terra dos atos secretos.

E o nosso leitor, que pensa disso? Acredita que a iniciativa do BNDES ajudará ,ao menos um pouco, a evitar a farra orçamentária que se configura?

Como contraponto, lembrei-me de reportagem recente da Globo Esporte que mostra o estado atual da Fonte Nova, acessível pelo link abaixo.


Respostas

  1. Robert, infelizmente acredito que essa iniciativa do BNDES será em vão, pois gente séria (entenda-se, como você mesmo escreveu, o bom corpo técnico do BNDES) não negocia com gente sem compromisso (entenda-se, políticos e cartolas do nosso Brasil varonil).
    No final das contas, será tudo na base da verba pública, do superfaturamento, dos desvios e do corre-corre, é claro, para justificar as dispensas de licitações.
    E rumo às Olimpiadas Rio2016 ou 2020 ou 2024, até quando o pessoal precisar de uma boquinha.
    Grande abraço.

    Jorge, obrigado pela participação e comentário. Pelo que temos visto até agora a análise das garantias e do plano de negócios dos proponentes será rigorosa por parte do BNDES, vejo até algum risco na candidatura da cidade de São Paulo pra te ser muito sincero.
    Claro que existe o risco político/partidário e o Banco ser usado no “conchavão”, mas torço que a coerência e o bom senso prevaleçam.

    Abraços,

    Robert

  2. Estranha e infelizmente, a imensa maioria da imprensa está a ignorar o assunto.

    Transcrevo, a seguir, uma relevante e bastante informativa exceção a respeito:

    Tricolor oferece receitas futuras como garantia para empréstimo

    A reunião entre o São Paulo e o BNDES foi muito ruim para o clube do Morumbi. O Banco impôs condições que o clube considerou inadequadas para o negócio.

    Os principais entraves seriam as taxas de juros, acima do que eram esperadas, e a rejeição por parte do banco das garantias oferecidas pelo tricolor para oficializar a transação. Além disso, o Governo não vê com bons olhos esta empreitada.

    O Tricolor oferece como garantia para o empréstimo uma estimativa de receitas que seriam provenientes de eventos realizados no estádio. Em nenhum momento foi cogitado colocar o Morumbi ou qualquer outro patrimônio do clube neste negócio.

    Nestas condições,o empréstimo não sai.

    O BNDES nunca emprestou dinheiro para clubes em toda a sua existência. O estatuto do banco não prevê esta prática, que se vier a acontecer abrirá, sem dúvida, um precedente considerado perigoso pela instituição. Todos os clubes do País passarão a ter direito adquirido de serem beneficiados pelo mesmo sistema.

    Na verdade, o BNDES se tornará refém de uma prática para o qual ele não foi criado.

    Imaginem se todos os clubes endividados do Brasil resolverem recorrer ao banco público para tirarem a corda do pescoço. Será o caos generalizado.

    O Mídia sem Média entrou em contato com o BNDES e perguntou se o banco emprestará dinheiro para a reforma do estádio do Morumbi.

    “Por enquanto o BNDES não está analisando nenhum pedido de apoio para reforma de estádios que serão usados na Copa de 2014. Se esse apoio vier a ocorrer, será efetivado de acordo com as prioridades definidas pelo Governo Federal.”, foi a resposta oficial da assessoria de imprensa do banco.

    Entramos em contato com o São Paulo, que respondeu algumas dúvidas sobre o projeto do clube para o Mundial de 2014.

    1- O novo projeto de reforma do Morumbi está pronto ? Qual é o projeto ? Quem fez ou idealizou ?

    Para responder a essa pergunta, é necessário falar sobre a dinâmica do processo de submissão dos projetos de reforma/construção de estádios ao LOC (Comitê Organizador Local).

    Trata-se de um processo dinâmico, onde o LOC/FIFA tem a prerrogativa de recomendar alterações aos projetos sempre que entender necessário e cabe às sedes tomar as providências para acatar tais deliberações, logicamente (ainda mais num estádio já existente), sempre no âmbito das suas possibilidades.

    Em 15 de janeiro de 2009, o Comitê Paulista para a Copa de 2014 (formado pelo Governo do Estado e Prefeitura) apresentou ao LOC o Projeto de Reforma do Estádio do Morumbi. Nessa data, todas as outras 17 cidades candidatas também apresentaram os seus respectivos projetos.

    O Projeto de reforma do Estádio do Morumbi é de autoria do Arquiteto Ruy Ohtake.

    Em 10 de junho de 2009, o LOC realizou Seminário com cada uma das 12 cidades-sede escolhidas pela FIFA. Na reunião com a Cidade de São Paulo, com a presença do Arq. Ruy Ohtake e representantes do SPFC, o Coordenador de Arquitetura do LOC, Arq. Carlos De La Corte, transmitiu as recomendações gerais e observações ao Projeto do Estádio do Morumbi apresentado em janeiro. Assim como fez com as demais 11 cidades.

    O SPFC teve condições de acatar todas as recomendações feitas no Seminário de junho de 2009 (que, basicamente, dizia respeito à posição das tribunas de imprensa, locais das áreas VIPs e VVIPs e unidades móveis de TV) e transmitir novamente ao Arq. De La Corte.

    Esses foram os dois contatos formais e oficiais entre o Projeto do Morumbi e o LOC. Não houve nenhuma outra etapa ou comunicação oficial da FIFA ou do LOC com o SPFC sobre esse tema.

    Não há que se falar, portanto, em “novo projeto” do Estádio do Morumbi. Há um projeto que foi apresentado em janeiro e suas alterações com base nas recomendações feitas pelo LOC na reunião de junho. O que é absolutamente natural e deve ter acontecido com todas as 11 cidades-sede, uma vez que não se acredita que algum projeto tenha sido concebido sem merecer nenhuma recomendação específica.

    Como já dito, trata-se de um processo dinâmico e o SPFC está consciente de que novas recomendações poderão vir ao longo do tempo de maturação do Projeto. Até porque, a FIFA, após a Copa de 2010 na África do Sul, poderá obter novas experiências e situações que provoquem a necessidade de implementar um novo conceito ou determinação para os Estádio de 2014.

    O SPFC está seguro de que o Estádio do Morumbi tem todas as condições para acolher as exigências que já foram feitas de forma bastante satisfatória e tem mantido o canal de interlocução com o LOC e está absolutamente aberto para receber novas recomendações sobre o seu Projeto e, inclusive, acatá-las, sempre que isso estiver dentro das suas possibilidades.

    2- O projeto já tem um orçamento de custos ? Se já tiver, quanto vai custar ?

    O Projeto apresentado em 15 de janeiro teve custo estimado em R$ 135 milhões.

    Todavia, naquela etapa, o SPFC não tinha orçado o custo da cobertura do Estádio do Morumbi, uma vez que não se tratava de uma exigência para a candidatura da Cidade de São Paulo.

    Posteriormente, o SPFC decidiu realizar pesquisa de mercado para a construção da cobertura e o está fazendo nesse momento. Entretanto, o SPFC ainda não obteve um custo final para essa obra que entende fundamental para aumentar o conforto dos torcedores que freqüentam o Morumbi, durante e depois da Copa do Mundo, como proteção contra chuva e outras intempéries.

    Portanto, nesse momento é possível estimar que o orçamento da reformas do Estádio do Morumbi monta o valor de R$ 135 milhões somando ao valor da cobertura.

    Nota do MSM: Com a cobertura o valor da obra é estimado em R$ 300 milhões.

    3- Quem vai custear as despesas deste projeto ? Investidores Privados ? Quais ?

    O SPFC elaborou um Plano de Investimentos para as reformas do Estádio do Morumbi que conta com recursos estritamente privados. Pelo Plano de Investimentos do Estádio do Morumbi, as receitas do Estádio projetadas até 2019 será utilizadas como garantias para a obtenção de financiamentos, tomados pelo SPFC, para serem utilizados nas reformas do Estádio do Morumbi.

    Há uma série de investidores interessados em explorar as potencialidades do Estádio do Morumbi (como utilização de camarotes, nomes em setores específicos e etc). Dentre aqueles que já tem uma parceria firmada, está a VISA que explora um setor das arquibancadas, o Setor Prêmium e o Setor Térreo do Estádio do Morumbi e, em contrapartida, está arcando com as adaptações desses setores às exigências da FIFA de acordo com o Projeto do Arq. Ruy Ohtake.

    Em contrapartida, esses setores tem as vendas de ingressos realizadas com o uso de cartão de crédito, o que o SPFC entende que facilita a segurança e o conforto nas compras e elimina a figura do cambista.

    Outras parcerias como essa com a VISA estão sendo negociadas e esses recursos serão responsáveis por fazer frente às despesas para a reforma do Estádio do Morumbi para a Copa do Mundo de 2014.

    Além disso, caso seja necessário e/ou proveitoso ao projeto, podem ser realizados financiamentos junto a instituições financeiras públicas ou privadas.

    4- O São Paulo se utilizará de dinheiro público para a reforma do Morumbi ?

    Quando da escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014 e o lançamento da Candidatura Paulista, as 3 (três) esferas de governo envolvidas: Governo Federal, Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura de São Paulo, manifestaram posicionamento no sentido de que não haverá investimentos públicos para a reforma do Estádio do Morumbi, que vem a ser uma arena privada.

    O SPFC sempre trabalhou e está trabalhando sob essa premissa, de modo que o Plano de Investimentos do Estádio do Morumbi não prevê o aporte de recursos públicos para a reforma do Estádio do Morumbi.

    http://www.midiasemmedia.com.br/futebol/seriea/saopaulo/4166-BNDES-endurece-com-Paulo-reunio.html

    Luiz, obrigado pelo comentário, participação e por dividir o texto conosco.

    Li o texto e confesso nada ter visto de novo nele, apenas algumas pinceladas no projeto e alguns palpites sobre como o projeto se paga; é o que temos visto em geral, apenas pré concepções, nada de efetivamente pronto.

    A questão é que o caldo começa a entornar, como todos nós do blog, outros colegas pesquisadores e todos que trataram a questão com seriedade havíamos alertado. A Follha publicou hoje uma matéria onde o próprio Ricardo Teixeira fala da necessidade de dinheiro público na construção e reforma de estádios no Brasil.

    O país caiu na armadilha. Prometeram investimento privado, só que a iniciativa privada sabe fazer suas contas e não vai entrar nessa….com o compromisso assumido com o mundo, resta correr para os cofres públicos, ou seja, o contribuinte será assaltado mais uma vez.

    Abraços,

    Robert

  3. Robert, parabéns pela sua frieza na análise dessa questão. Por favor, entenda esse comentário de forma positiva.
    Eu, por outro lado, não consigo manter a mesma postura. Talvez, seja a influência da baixa Itália em parte do meu sangue. Mas vamos lá…

    A questão é que estamos falando do uso imoral do dinheiro público em benefício privado e dos petulantes do SPFW que entregaram ao Metrô e à Prefeitura um “estudo preliminar” de um estacionamento para 3.000 veículos a ser construído sobre a Praça Roberto Gomes Pedrosa, portanto, fora dos limites de sua propriedade. Isso, convenhamos, é muita petulância dessa raça.
    No estudo, esse estacionamento estará integrado a uma linha de trens de superfície, linha 17 – Ouro do Metrô, cujo objetivo original era a integração do Aeroporto de Congonhas ao sistema metroferroviário da cidade mas que, por obra do “além”, vai atravessar o Rio Pinheiros na altura do Pq Burle Marx, cruzar a favela de Paraisópolis e passar na porta do estádio, com uma estação integrada ao estacionamento e com passagem direta à propriedade privada do SPFW, terminando na linha 4 – Amarela do Metropolitano lá na Av. Francisco Morato. Esse tal estacionamento não está no escopo e, por consequência, no orçamento da reforma do estádio, certo? Quem vai pagar essa obra (estacionamento + linha do Metrô, a propósito, desnecessária se considerarmos as prioridades do transporte metropolitano) e quem é que vai negar os benefícios que o SPFW terá com a mesma? Ministério Público já e neles!
    Um abraço, Ricardo.

    Ricardo, obrigado pelo comentário e pela participação. A frieza que você me atribui vem do fato de ser um profissional e da proposta do blog, executada à risca pelos companheiros e por mim, de apresentar análises isentas e estruturadas sem paixão clubística, ideológica e assim por diante, a questão dos estádios para a Copa é delicada, polêmica e terreno fértil para discussões apaixonadas e para, sobretudo, a farra orçamentária que tanto queremos evitar.

    Sobre o caso específico do Morumbi, reitero que o que sai na imprensa são fragmentos muito pontuais onde se mostra aquilo apenas que se quer mostrar. O estacionamento de 3000 vagas em área pública é nada mais que uma proposta, os órgãos públicos estão bem pouco à vontade com isso, pode crer. Acredito que não vai rolar pois não creio que haja a concessão. Tem bem mais coisas acontecendo só que me foi pedido sigilo, só sei que a situação é bastante desconfortável.

    A expansão do metrô, não só na região do estádio, como no geral é um dos pontos positivos que vejo em São Paulo ser sede da Copa. Também acredito que não haja grandes problemas em se preocupar em atender um estádio com metrô, afinal é um ponto de concentração de pessoas e atender com transporte público faz parte do planejamento urbano de qualquer cidade, além de servir a toda a área de abrangência da linha. Não é uma obra exclusiva para atender ao SPFC, no meu entendimento, afinal a estação de trem perto do autódromo atende a bastante gente do bairro lá e não somente ao público da F-1, certo? Temos que olhar a coisa como um todo.

    Pode ter certeza que se detectarmos algo errado vamos espernear por aqui.

    Abraços,

    Robert

  4. Olá Robert, frequento a um bom tempo o seu blog e admiro bastante o que escreve nos deixando sempre bem informado e com uma visão racional.

    Josué, obrigado pela participação, comentário e elogios; a visão profissional é uma proposta que temos aqui no BLOG; tal visão vem dos fundadores do BLOG e os quatro participantes que entraram depois, como é o meu caso, seguem a linha.

    O assunto Morumbi 2014 é muito interessante, na minha humilde opinião é um estádio ultrapassado e é claro que não atenderá nem a metade daquilo que é pedido, o clube não tem condições de fazer o necessário e para piorar depende de terceiros, como no caso do estacionamento e outras benfeitorias.
    O que me estranha é que a imprensa não noticia essas coisas, parece que o lobby do clube do Morumbi é muito bom.
    Na sua opinião, iremos passar vergonha na Copa com um estadio ultrapassado???
    Ou eles, como num passe de mágica resolverão todos os problemas???

    O objetivo do meu texto foi fazer uma análise geral da situação, em âmbito nacional, e não apenas do Morumbi, mas o assunto sempre aparece. O Morumbi, assim como os demais estádios nacionais, foram construídos seguindo tendências funcionais e de arquitetura de sua época, portanto é natural que a adequação às novas demandas de acomodação e serviços seja muito complicada.

    A conta é simples, para atender às demandas da FIFA não é preciso mágica, mas sim muitos investimentos e o sacrifício de muitos assentos, eu estimo de 5 a 8 mil os assentos que o Morumbi, por exemplo, irá perder para a total adequação; além do mais há a dificuldade imensa em obter tais investimentos em um ambiente de negócios, o futebol, muito pouco rentável apesar dos grandes volumes que giram neste negócio.

    Não creio que iremos passar vergonha, iremos sim pagar uma conta elevadíssima, como disse no texto….seremos roubados, como no PAN.

    Como gosto bastante desse tema ontem visitei o novo estádio em Barueri, pois achava que poderia ser uma alternativa para jogos da Copa caso o Morumbi capengue, o que eu gostei foi que consegui estacionar meu carro em 2 minutos, a policia e a “cet” de Barueri estão de parabens, mas o que não gostei foi da arquitetura do estádio, na arquibancada do fundo existem muitos pontos cegos, mesmo sendo um estádio novo.COMO PODE???

    Peço desculpas, não tive a chance de conhecer tal arena; no entanto já tive bom feddback dela, porém levarei o seu em conta e investigarei; quanto ao “como pode?” me ponho no lugar do engenheiro, ele tinha um espaço limitado, um orçamento limitado e a estrutura tem que parar em pé….de alguma coisa tem que se abrir mão, certo?

    O que me admira também é que ninguem fala em construir um novo estádio em SP, o que seria o ideal, pois talvez o unico estado que conseguiria tornar um novo estádio um negocio rentavel seria aqui em SP, por que será que não aprofundam essa possibilidade????
    ABRAÇO…

    Até se fala nesse assunto, porém é o mesmo problema, não há comprovação exequível de que, sem uma mudança radical no modelo de negócios do futebol como um todo que hoje preenche parcialmente seus estádios, o investimento se pague em prazo adequado e interessante para os investidores, logo eles não vêm. Abraço pra você também e continue participando.

  5. Dinheiro público em iniciativa privada nunca dá certo.

    Abs.

    Flávio – Esporte Social: Esporte, sociabilização e saúde ! – http://www.esportesocial.com

    Flávio, parcerias entre o Estado e a iniciativa privada são interessantes e podem dar certo, desde que regidas por princípios sólidos de governança, o que na maioria das iniciativas, não é o caso.

    Abraços,

    Robert

  6. Não podemos esquecer da Arena Multiuso do Grêmio, que é viável economicamente; terá o financiamento (pela OAS, empresa construtora) de 45% da obra junto ao BNDES; tem o seguro pelo Banco Santander no valor de 300 milhões corrigido (o que assegura sua conclusão), e o principal: é um projeto que está sendo estudado a quase 3 anos pelo Grêmio, e não um projeto inventado de última hora.

    Renan, obrigado pelo comentário e participação.

    A Arena do Grêmio parece ser um projeto viável mesmo, só não digo com essa certeza toda por não ter analisado o business case, e é só desta forma que se pode dizer que é viável. Um ponto positivo que vejo é a taxa de ocupação que o Olímpico vem tendo por conta dos programas avançados de relacionamento que os clubes do Sul vem desenvolvendo há tempos.

    Além disso há outras diversas potenciais receitas que o complexo poderá auferir, o mais legal disso tudo é que será feito sem dinheiro público pois financiamento do BNDES é um empréstimo, não uma doação a fundo perdido, como já disse no texto.

    Já escrevemos sobre o projeto do Grêmio, clube que respeitamos bastante por aqui, anteriormente.

    Abraços,

    Robert

  7. Robert digo que não da certo pois não temos modelos dentro do nosso país a ser seguido, onde essas parcerias são um poço de promiscuidades políticas financiadas com verbas públicas.

    Abs

    Esporte Social – http://www.esportesocial.com

    Ainda creio que não podemos generalizar; é possível sim realizar negócios com o Estado de forma lisa e transparente; embora mais lentamente que queremos, os processos estão ficando mais transparentes…claro que temos diversos maus exemplos, mas ainda creio que seja possível.

    Abraços,

    Robert

  8. MORUMBI NUNCA MAIS.

    (APESAR DO FAVORECIMENTO DO PODER PÚBLICO)

    http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090814/not_imp418596,0.php

    Andrés reaviva polêmica com o São Paulo
    Presidente corintiano diz que o Morumbi não terá condições ser reformado sem a ajuda do governo

    Jamil Chade, TALLINN, ESTÔNIA

    Andrés Sanchez reabriu a polêmica no debate sobre os estádios para a Copa de 2014 e voltou a atacar o São Paulo. De acordo com o presidente corintiano, o rival não tem como pagar por ampla reforma no Morumbi, conforme determinado pela Fifa – e, assim, terá de pedir socorro ao governo. O dirigente, que nesta semana chefiou a delegação da CBF no amistoso da seleção contra a Estônia, em Tallinn, disse que o estádio do São Paulo não tem condições de abrigar o evento sem passar por importante modernização. Andrés alegou que o calendário de obras já começa a ficar atrasado e aposta que o São Paulo não tem dinheiro para pagar pelos trabalhos. “O que vai ocorrer é que, quando ficar claro em 2010 que as obras não estão sendo feitas, o governo entrará com recursos”, afirmou, antes de acrescentar que a situação financeira do São Paulo “não é boa”. Chegou a dizer que o Tricolor sofre de “hemorragia financeira” – ou que o dinheiro está acabando.

    A rivalidade entre Corinthians e São Paulo aumentou no início do ano, quando a diretoria são-paulina cedeu 10% dos ingressos do jogo para os corintianos na 1ª fase do Paulista, no Morumbi. Sanchez reclamou – queria divisão igual – e prometeu nunca mais mandar seus jogos no campo do rival. Naquele dia começou uma troca de ataques entre os dirigentes.

    Caio Carvalho, coordenador do Comitê São Paulo-2014, evitou rebater as declarações do presidente do Corinthians. “A posição do São Paulo é uma só. Quem sabe de sua situação financeira é o clube”, comentou Carvalho. Segundo o dirigente, a provocação é fruto da rivalidade entre os clubes. Disse ainda que o corintiano mostrou postura diferente há quase dois meses, na visita do presidente Lula ao Morumbi. “Na presença de envolvidos com a campanha a favor do estádio, como o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, Sanchez apoiou a ideia.” O presidente e diretores não responderam as chamadas para comentar o assunto.

    Há uma semana, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, declarou pela primeira vez que as arenas do Mundial teriam de contar com recursos públicos. Suas afirmações foram contrárias ao que vinha dizendo nos últimos meses, quando garantiu que não haveria dinheiro público para o evento no Brasil.

    Thiago, obrigado pelo texto e participação. Lembro a todos os leitores, colaboradores do BLOG que são, que este texto não teve motivação clubística alguma, ele não é contra o uso do Morumbi, não é contra a construção de outra arena em São Paulo e muito menos está em cima do muro, espero que seja tomada a melhor decisão, que é de onerar o menos possível os cofres públicos.

    Não vou entrar, e não devemos, entrar nas bravatas do Juvenal e do Andrés….eles tem clubes pra cuidar, dívidas e salários pra pagar, contas pra fechar e deviam se preocupar em limpar seus próprios galinheiros antes de sair por aí dando palpites e inventando coisas. Se eles só tem capacidade de bravatear, problema deles e dos sócios destes clubes.

    O que o texto relata é a respeito da possível fixação do teto de financiamento pelo BNDES e sua exigência de viabilidade econômica pós Copa, o que, para este autor, parece algo natural pois quem empresta quer receber e ter suas garantias, tem algo de errado nisso?

    Também ressalto minhas preocupações com o derrame de dinheiro público em estádios, feito pela contratação de obras de emergência que, provavelmente, serão necessárias posto já estarmos no terço final de 2009.

    Vamos manter a discussão no aspecto “ambiente de negócios”, é isso que está na pauta.

    Abraços,

    Robert

  9. Robert, você está a par dos resultados das reuniões que a FIFA manteria com cada uma das sedes a partir do início desta semana aqui no Brasil? Apesar de você sempre ressaltar que suas posições não envolvem paixões clubísticas, no meu caso, além de não poder negar a influência desse aspecto em minhas opiniões e posições, também não gostaria de contribuir com um centavo sequer para a festa privada regada a dinheiro público que se aproxima.

    Um abraço,

    Ricardo.

    Ricardo, obrigado pela participação. Tenho conversado muito com gente da perfeitura de São Paulo sobre a preparação da cidade e temos feito algumas trocas de idéias, mas não tenho ainda resultados das últimas conversas. Também não quero dinheiro público nos estádios beneficiando instituições privadas, nem que fosse o clube para o qual torço em questão. Mantenho minha neutralidade clubística pois sou profissional, se você não tem essa obrigação, fique à vontade.

    Abraços,

    Robert

  10. Quanto a rentabilidade, acho que cidades como São Paulo, Rio e Belo Horizonte por exemplo, não teriam tanto problema, desde que estes novos estádios fossem administrados de forma profissional, já que são mercados bem desenvolvidos quanto a calendário de eventos, tanto para o futebol quanto para outras atividades. O que me assusta mais porem, é a construção de arenas de R$ 500 milhões e 70 mil lugares em cidades como Brasília, Manaus e Cuiabá. Esses estádios certamente não darão o retorno para cobrir os custos das obras, e correm grande risco, inclusive, de serem deficitários em sua operação, já que suas atividades não costumam atrair nem 10% da ocupação dos estádios. Outro caso preocupante é o da Arena de Recife, cidade que tem três times de futebol com boa media de publico, que seriam trariam atividades suficientes para um novo estádio. Porem estes três times tem seus estádios próprios e necessitariam de um incentivo (leia-se, econômico) maior do que apenas jogar em um estádio novo, para ter que dividir a sua casa com os grandes rivais. Sem a participação destes times (principalmente o Sport), a construção de uma nova arena com os custos propostos seria inviável.

    Antônio, obrigado pelo comentário e pelos elogios. Vamos por partes.

    A rentabilidade, mesmo em centros grandes como os que você menciona, é difícil mas não impossível de ser obtida. As receitas de bilheteria teriam de ser majoradas com a maior ocupação e segmentação, hoje em menos de 30%, e com as demais receitas de naming, publicidade, catering, locação de espaços comerciais e de relacionamento e assim por diante; e são todas elas juntas que tornam viável; ter-se-ia que mudar muito o modelo de negócios do futebol, esse é o maior desafio, resumidamente.

    Quanto ao estádio de São Paulo para a copa, discordo de que o governo não deva ajudar no investimento caso necessário, pois também tem responsabilidade sobre o evento e terá benefícios em forma de aumento na captação de impostos. Porém, deveria ser um pouco mais estudado se a melhor solução é realmente reformar o Morumbi e não reformar/reconstruir outro estádio na cidade, inclusive de outros times.

    Existem questões que dificultam o investimento público em área de uso e benefício privado, inclusive legais. Acredito que o poder público deva investir em obras apenas de entorno, a menos que haja por trás do investimento uma clara e ampla política de esportes que traga benefício para a população como um todo; em nenhum clube de futebol temos isso.

    Nos Estados Unidos é quase impossível ver um novo estádio sem uma parte de financiamento publico. No caso da MLB, 67,5% do valor do estádio em media, é financiado pelo poder publico. Essa ainda não é a proporção ideal, e muito esta sendo feito lá para diminuir essa proporção. Um projeto interessante foi a reconstrução do Petco Park do San Diego Padres. Para garantir um financiamento de 57% da obra a prefeitura de San Diego exigiu dos Padres varias contrapartidas. Além disso, fizeram uso de outras ferramentas como o aumento no imposto de serviços nas redondezas do estádio desde algumas horas antes até algumas horas depois dos jogos (não sei se isso funcionaria no Brasil). O resultado final foi a revitalização de todo um bairro, e um considerável aumento de receitas a longo prazo tanto para o clube quanto para a cidade. A questão maior é como podemos esperar uma administração profissional de nossas entidades esportivas e instituições públicas com tantos absurdos que vemos a cada dia.

    De acordo, porém o financiamento público americano vem em sua maioria com renúncias fiscais localizadas e setorizadas, há dificuldades legais em implantar isso no país nosso; existem também linhas de crédito com algum subsídio; porém, nos Estados Unidos existe a figura do “halo”, que é a garantia de venda antecipada de ingressos por período que varia de um a três anos, sendo este o principal balisador para construção de novas arenas.

    Um grande abraço e parabéns pela qualidade do blog.

    Antonio Kalil

    Twitter.com.br/tonycalil

    Pra finalizar, vejo o cerco fechando, o BNDES muito rigoroso e sem muito espaço para “carteiradas”, considero isso bom, para o país como um todo assim como não vemos investidores ávidos por investir em novas arenas, que retorna em prazo muito longo.

    Não sei, confesso, o que pensar a respeito de como sair dessa, talvez seja a hora de pensar em que “buraco” metemos o país e a sociedade brasileira, e começar a pensar em como vamos pagar essa conta. Aliás, muitos de nós, pesquisadores independentes, já havíamos previsto isso e, infelizmente, parece que caminhamos para o acerto.

    Abraços e volte sempre,

    Robert

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