Publicado por: Maurício Bardella | 28/maio/2008

Timemania – um outro lado

Nas últimas semanas temos constantemente falado sobre a Timemania e seus resultados, graças especialmente ao trabalho do Marcos Silveira para a obtenção e divulgação dos dados.

Lendo os muitos comentários de nossos leitores, é fácil reparar no grande número de críticas à Timemania, críticas essas que vão desde o conceito dessa e de outras loterias à elaboração e divulgação do produto.

Pois acho que me cabe apresentar um outro ponto de vista, discordando de parte das críticas. Entendo que alguma polêmica será criada, inclusive em relação ao posicionamento de meus colegas de blog, mas assim mesmo é que deve ser o processo: opiniões diferentes devem ser manifestadas para que possamos ampliar o pensamento e mutuamente evoluir, e posso garantir que serei o primeiro a mudar meus conceitos se me forem apresentados argumentos convincentes.

Vou sintetizar meu ponto de vista em quatro tópicos:

1)   Há questionamentos quanto à validade das loterias oficiais. Para mim esse é um mecanismo legítimo, amplamente utilizado no mundo todo como um elemento de geração de receitas para o estado, receitas essas que devem ter destinação pré-definida, como acontece com nossas loterias. Para ilustrar, mostro a destinação social dos recursos da Timemania e da Mega-sena, a título de comparação:

Destinação % sobre arrecadação bruta

Timemania

Mega-sena

Seguridade Social

1%

18,1%

Fundo Penitenciário Nacional

3%

3%

Fundo Nacional da Saúde

3%

Fundo Nacional da Cultura

3%

FIES – Crédito Educativo

7,76%

Ministério do Esporte

3%

Imposto de Renda sobre valor bruto

6,35%

7%

Clubes de Futebol

22%

Total arrecadado para o governo

38,35%

39%

 

 

Como se pode observar, se considerarmos que os valores destinados aos clubes são dirigidos para os cofres públicos para amortizar as dívidas, o percentual que o governo e suas instituições recebem sobre a arrecadação bruta é praticamente o mesmo nas duas loterias.

 

No ano passado o governo auferiu cerca de R$ 2,5 bihões em receitas oriundas de apostas em todas as loterias. Apenas o sistema de seguridade social recebeu mais de R$ 885 milhões.

 

Para mim, portanto, a instituição das loterias é legítima e não tenho ressalvas quanto a se tratar de um monopólio (legalmente falando) do estado, em razão da destinação social de parte dos recursos.

 

2)   Discordo totalmente dos que dizem que os clubes estarão pagando seus débitos com dinheiro público. Na verdade, esse pagamento acontecerá com dinheiro ”do público”, o que é bem diferente! Quando um apostador voluntariamente investe seu dinheiro na Timemania, ele está implicitamente concordando em ceder parte do valor aos clubes para que esses amortizem suas dívidas. Esse dinheiro não vem, portanto, dos cofres públicos, mas na verdade se direciona para eles através de uma espécie de doação voluntária de pessoas físicas.

 

Particularmente sou totalmente contrário a contribuições não facultativas, como a malfadada CPMF que os governistas tentam ressuscitar. Esse não é o caso das loterias.

 

As dívidas altíssimas dos clubes, como sabemos, muito dificilmente seriam pagas ao governo. O que seria correto do ponto de vista moral? Que o governo executasse essas dívidas, como qualquer instituição privada faria, levando os clubes devedores à falência. Isso, no entanto, teria um custo político muito elevado e quase que certamente não seria feito, perpetuando a situação de dívidas crescentes. A alternativa que cedo ou tarde surgiria seria conceder anistia aos clubes, e isso sim seria, na minha opinião, imoral.

 

3)   O governo concede aos clubes através da Timemania o parcelamento dos débitos em 240 meses com redução de 50% nas multas pelos atrasos, mais a possibilidade de minimizarem ou até mesmo anularem seus desembolsos, dependendo da arrecadação da loteria.

 

No primeiro ano os clubes terão que complementar as parcelas devidas até o valor máximo de R$ 50.000,00. A partir do segundo ano deverão complementar integralmente o valor das parcelas mensais, considerado o prazo de 240 meses, caso a arrecadação da Timemania não seja suficiente para cobrir o valor total dessas parcelas.

 

Nesse ponto muitos tem falado sobre uma espécie de armadilha, visto que os clubes podem ser obrigados a fazer um pagamento mensal ao governo. Ora, nada mais justo que fazer esse pagamento! Ou será que o correto é não pagar a dívida com o estado? Mesmo que a arrecadação não corresponda à expectativa e os clubes tenham que desembolsar uma quantia mensal, ainda assim estarão quitando seus débitos em condições muito vantajosas.

 

Não vejo armadilha. Creio que com a Timemania e o parcelamento as dívidas tornam-se “pagáveis”. Imaginemos como exemplo que um clube tenha débitos totais de R$ 50 milhões com o governo. Pois vamos dividir esse valor em 240 parcelas e então perceberemos que o valor das parcelas corresponderá a um valor aproximado de 200 mil reais, ou 10 a 20% da folha salarial da maior parte dos grandes clubes (considerando folhas salariais de 1 a 2 milhões de reais). Com alguns ajustes, um bom planejamento financeiro e com um projeto consistente para aumentar as receitas, esses valores são absolutamente viáveis.

 

4)   O produto Timemania de fato tem problemas. Ao contrário do que parece, já que até o presente momento não houve ganhadores do prêmio máximo, acertar os sete números na Timemania é quase duas vezes mais fácil que acertar na Mega-sena. Na primeira a chance é de uma em 26.472.537, enquanto na Mega-sena a chance de acertar os seis números é de uma em 50.063.860.

 

Logo, não está aí o problema. Penso que a razão para a dificuldade em tornar popular o jogo tem origem na péssimamente elaborada e muito mal executada estratégia de marketing para o lançamento, que para piorar não contou com  participação significativa dos clubes, sendo que estes deveriam se apresentar como os maiores interessados.

 

Concordo com quem diz que o sistema de apostas em números é pouco atrativo, e que os nomes dos clubes, grande diferencial da Loteria, é que deveriam ser sorteados. OK, não há espaço para colocar todos os nomes nos cartões de apostas…ora, pois que se atribuísse um número a cada um dos oitenta clubes, classificados por ordem alfabética. Mas, enfim, não foi esse o sistema adotado e a loteria enfrenta problemas para se tornar popular.

 

Para resumir, penso que a Timemania merece sim algumas críticas, mas discordo do foco da maior parte dessas restrições, como tentei demonstrar acima. Não pretendo ser o dono da verdade, em absoluto. Meu objetivo com esse texto é discutir o assunto e tentar esclarecer alguns pontos que me parecem preconceitos, me sujeitando à polêmica que talvez cause com esse posicionamento.

 

 

 

 

 

 

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Respostas

  1. Olá Maurício,

    Parabéns pela análise.

    Não sou contra a Timemania, já que o próprio torcedor vai responder com as apostas se está de acordo ou não com esse novo mecanismo de saneamento dos clubes.

    O que sou contrário, e deixei claro em meus posts sobre o assunto, é que os clubes criaram a ilusão de que a Timemania resolverá os problemas de seus Passivos, o que já podemos perceber que não ocorrerá.

    Como escrevi, os clubes, principalmente os maiores devedores, enxergaram a Timemania como uma solução de curtíssimo prazo para terem acesso às certidões negativas de débito.

    Com relação a terem que pagar mensalmente valores altos por mês para ficarem em dia com o Governo, é justo, já que devem, mas apenas comprova que a Timemania está longe de ser essa tábua de salvação que tantos defenderam.

    Um abraço.

    Amir

    Olá, Amir. Certamente a Timemania não é a tábua de salvação anunciada, mas na minha opinião não deixa de ser uma situação de “ganha-ganha”, já que o governo coloca em seus cofres um dinheiro em tese perdido e os clubes conseguem obter uma perspectiva para equacionar uma parte importante de seus passivos.

    Um abraço,

    Mauricio

  2. Também gostei do post, Mauricio. Essa reflexão sobre a Timemania é imprescindível!

    E concordo inteiramente com o comentário do Amir. Clubes que eram ferrenhos críticos da loteria (como o SPFC) só aderiram para receber a certidão negativa de débito, que permite ingressar na Lei de Incentivo ao Esporte.

    Outra coisa que muita gente não sabe (porque pouco se comenta) é que a partir do 2º ano da Timemania a divisão da arrecadação entre os clubes vai deixar de ser pelas divisões do Campeonato Brasileiro, passando a adotar o ranking do “time do coração”.

    Pretendo explicar melhor isso num próximo post.

    Abs,
    Marcos Silveira

    Marcos, embora você esteja correto quanto a adesão dos clubes à Timemania com um olho nas certidões negativas de débitos, o nosso amigo Francisco em conversa recente me falava que vários clubes, dentre os quais o São Paulo, utilizavam-se de meios bem mais questionáveis para juridicamente suspender temporariamente os efeitos de não terem a tal certidão. Creio que ele poderá falar melhor sobre isso em um comentário.

    Um abraço,

    Mauricio

  3. Olá Mauricio!

    Não tenho o costume de fazer apostas, mas todos sabemos que é uma prática comum do brasileiro. É só ver as filas nas lotéricas dias antes de sorteios acumulados na Mega Sena.
    O que falta para a Timemania emplacar é uma boa comunicação. Utilizar o Pelé e fazer uma comunicação que mais parece uma propaganda de utilidade pública, está distante de impactar a população. Enfim, uma péssima estratégia de marketing, como você mesmo citou.
    Concordo com você e acho que os clubes deveriam se envolver diretamente nessa comunicação, assim como em campanha recente da Federação Paulista.

    Aproveito este espaço para compartilhar meu recém lançado blog com vocês. http://pensandonofutebol.wordpress.com/

    Um abraço!

    Leonardo Gerodetti

    Legal, Leonardo, vou conhecer seu blog. Parabéns pela iniciativa.

    Mauricio

  4. Maurício, seu post mostra uma análise equilibrada e responsável da coisa e mostra a plularidade do blog, o que é notório já mas de se elogiar também.

    Rapidinho, espero, seus quatro pontos :

    1. As loterias oficiais existem no mundo todo, concordo serem mecanismos legítimos, nada tenho a acrescentar quanto à sua legitimidade legal nem cultural nem moral, ao contrário dos tributos, joga e paga quem assim o desejar. Comentário sobre CPMF: onde eu assino ?

    2. O dizer que os clubes pagarão dívida com dinheiro público realmente é erro de julgamento ou de escrita, mataste a charada, até aí estamos de acordo; o que me incomoda, e muito, é que se joga para a sociedade a conta da má administração de entidades privadas, por mais representativas que sejam, mesmo que jogue quem quer, isso tem o mesmo efeito moral do PROER dos banquinhos do Cacciola e cia., guardadas as imensas diferenças. Esse jogar a conta é que é o meu principal ponto de crítica, eu moralmente, talvez convicto demais, sou contra. Quanto a executar as dívidas, sim, creio que é o que deveria ser feito, LEX DURA LEX, mas entendo que o custo político é uma barreira quase que intransponível, anistia, nunca, seria a prova cabal do Panis et Circensis, tese que defendo. Pra sair do muro de vez, execução SIM via Poder Judiciário, CGU, sei lá, são organismos independentes, em tese.

    3. Ainda não me convenço de que o plano não é uma armadilha, quem deve tem que pagar. Porém a conjunção de mais um desembolso relativamente graúdo, caso de clubes que devem muito, somado à incapacidade deles se planejarem adequadamente para tal é que consitui a real armadilha; a armadilha está lá, mas os clubes acabarão por “botar o pezinho” nela pela mais pura incapacidade, com raras exceções.

    4. O produto é ruim mesmo, sua comunicação ao mercado pior ainda. O prêmio é pequeno, comparado a outra loteria, e com “odds” praticamente iguais, ou seja, não vale o risco, aos poucos se percebe.

    Enfim, essas são minhas opiniões, é pra discutir mesmo, nesse mesmo alto nível de sempre, talvez comprometido, e aí peço desculpas, pela crueza e excesso de convicção em algumas teses minhas.

    É pra contribuir, também não tenho a pretensão de registrar a verdade em cartório, um pouco de polêmica faz bem, afinal, construímos conhecimento com a diversidade de opiniões.

    Abraços,

    Robert

    Robert, não vejo crueza em seus conceitos, mas firmeza. Discordamos em alguns pontos e essa não será a última vez, mas essa é a maneira de aprofundar as idéias e, quem sabe, achar um consenso, não é?

    Concordamos em grande parte, pelo que vejo, no que se refere à Timemania.

    Um abraço,

    Mauricio

  5. Seria excelente q clubes grandes decretassem falência!Imaginem só o “choque” de gestão q seria dado nos “sobreviventes” para evitarem o msm fim!Rs!

    Acho q o mais importante se resume a considerar ou não o futebol um setor estratégico e relevante para a nossa economia.Pq se considerarmos q sim,isso seria não só aceitável,mas sim recomendável.Porém creio q não seja,já q não só não representa parte significativa de nosso PIB,como tb é ridiculamente mal administrada(os clubes,federações e confederações em geral).

    Abraço a tds,

    A.Matheus

  6. Falei,falei(sem dizer mt coisa!) e esqueci disto:

    “Outra coisa que muita gente não sabe (porque pouco se comenta) é que a partir do 2º ano da Timemania a divisão da arrecadação entre os clubes vai deixar de ser pelas divisões do Campeonato Brasileiro, passando a adotar o ranking do ‘time do coração’.”

    Não sabia disto!Agora q sei passei a ser ainda mais contra a Timemania.

    O governo é um dos maiores interessados em zelar pela concorrência sadia e o equilíbrio entre as empresas,nesse casso os clubes.Mas ao contrário,a partir do segundo ano os maiores clubes irão “lucrar” proporcionalmente aos seus respectivos tamanhos.Logo aumentará ainda mais a discrepância entre clubes grandes e pequenos.Isso leva a um maior desequilíbrio dentro de campo,o q leva a um maior desinteresse de boa parte da população,vide os casos de algumas grandes ligas na Europa.

    Ou seja,trapalhada total do governo,inventou mais um mecanismo para aumentar a disparidade entre clubes grandes e pequenos!

    Abraços!

    Antonio, obrigado pelo bem estruturado comentário. Divirjo quanto à divisão igualitária dos valores, porque os clubes detém marcas com valores diferentes, e um dos reflexos dessa diferença se mostra na quantidade de apostas em seu nome. Na verdade, aparece em todos os aspectos comerciais, dos valores de patrocínio às cotas de televisão.

    Abraço,

    Mauricio

  7. Tenho que discordar da opinião do amigo Antônio Matheus no que diz respeito a forma de distribuição dos clubes em grupos a partir do início de 2010. Ao meu ver, nada é mais justo do que distribuir a maior parte da arrecadação para os clubes que possuem uma torcida mais “ativa” na loteria. Álem disso, este fato pode e deve servir de estímulo para que os clubes passem a incentivar seus torcedores a apostarem na Timemania.
    Tenho a impressão que a maioria dos clubes não o faz ainda porque em 2009 a distribuição será a mesma de 2008: clubes da 1° divisão recebem 65% e etc. Espero que a partir do ano que vem os clubes passem a divulgar mais a Timemania, defendendo seus próprios interesses.
    Vale lembrar que se esta nova divisão ocoresse hoje, clubes como Botafogo e Figueirense não estariam no Grupo 1, mas sim o Treze da Paraíba.
    Imaginem o que isto não siginificaria para esses times.

    Abraços

    Guilherme Ralisch

    Guilherme, estamos de acordo. Abraço,

    Mauricio

  8. Saiu uma pesquisa da Gallub sobre a popularidade dos clubes no Brasil: http://gallupnobrasil.blogspot.com/2008/05/maior-pesquisa-da-histria.html

    Eu procurei no site da Gallub sobre a pesquisa, mas não achei, então nã da para saber se a pesquisa é verdadeira ou não.

    Não, Gabriel, a existência dessa pesquisa já foi desmentida.

    Mauricio

  9. Eu sou chato com isso.Mas acho q seria uma boa oportunidade do governo incentivar os clubes a pensarem coletivamente,repartindo igualitariamente os “ganhos” da Timemania.Ainda q a Timemania não represente grande coisa,como cotas de TV,por exemplo.

    Gde abraço!

  10. Mas Guilherme,vc tocou num ponto interessante q é a dos torcedores “ativos”.Ontem saiu uma pesquisa da Gallup sobre este tipo de torcedor no Brasil,parece q é a primeira vez q se faz isso por aqui.Além disso,acho q foi aprimeira vez q um instituto estrangeiro fez pesquisa sobre torcidas,o q nos tira dos viciados Ibope e Datafolha.Achei bem interessante.
    Sugiro q postem algo sobre isso.

    []´s a tds

  11. “Vale lembrar que se esta nova divisão ocoresse hoje, clubes como Botafogo e Figueirense não estariam no Grupo 1, mas sim o Treze da Paraíba.
    Imaginem o que isto não siginificaria para esses times”

    Vacilei na minha análise, este Botafogo que não está entre os 20 mais apostados é o do Paraíba. O Botafogo carioca se encontra sim no primeiro grupo.

  12. Antônio Matheus a assessoria da Gallup já divulgou que essa pesquisa em questão é falsa.

  13. O Juca Kfouri já havia informado, em seu BLOG, da não autenticidade da pesquisa, inclusive o Juca se auto definiu como “vítima” dela também. Todo o cuidado com a fonte é pouco.
    Maurício, é isso aí, a diversidade de opiniões e a busca pelo conhecimento sempre em primeiro lugar, é dela que estamos a serviço.

    Abraços,

    Robert

  14. Achei estranho a pouca divulgação nos meios de imprensa.Agora faz sentido.

  15. Seria interessante que fosse pego os valores atuais e feita a divisão da arrecadação a ser distribuída aos clubes proporcionalmente ao número de apostas que esse recebeu. Tem como?

  16. Essa distribuição proporcional ao clube do coração será somente sobre 2%, então é justo e não cria muita diferença entre o primeiro e o último no rateio. Então é justo, justíssimo.

    Distribuição da Timemania: (O total de 22% destinado aos clubes será dividido em duas partes: 2% para a categoria “Time do Coração” e 20% para distribuição direta entre os 80 clubes participantes, divididos em 4 grandes grupos.)

  17. Para mim devia ser maior a porcentagem que é divida entre os clubes apostados.

    Quero dizer, voces acham justos que cliubes pequenos recebam praticamente a mesma quantidade que flamengo e são paulo? Primeiro, a marca não é a mesma. Não fossem os grandes clubes a loteira seria um fiasco maior ainda! Ou seja, os grandes clubes que garantem o bom (ou mau) andamento da timemania.

    E outra coisa, times grandes tem folhas salarias infinitamente maiores, mais custos, mais dividas, são mais antigos, tem mais torcedores, são mais importantes. Enfim, pra mim, definitivamente não deveria ser divida de forma igualitária, ja que os clubes e suas representatividades não são iguais!

  18. Amigo Thiago Soares mas esses ditos grandes irão receber mais que os pequenos, veja:

    O total de 22% destinado aos clubes será dividido em duas partes:

    2% para a categoria “Time do Coração” e

    20% para distribuição direta entre os 80 clubes participantes, divididos em 4 grandes grupos.

    Grupo I – os 20 times que estão na Série A do Campeonato Brasileiro.
    Grupo II – os 20 times que estão na Série B do Campeonato Brasileiro.
    Grupos III e IV – clubes participantes da série C e outros, selecionados a partir de critérios técnicos e mercadológicos.

    Essa parcela de 20% do bolo total terá a seguinte divisão:

    65% para os clubes do Grupo I;

    25% para os clubes do Grupo II;

    10% para os clubes dos Grupos III e IV.

    2% Time do Coração – O valor total desses dois por cento, será dividido entre todos os participantes dos Grupos I, II e III, de acordo com o percentual de preferência recebido no ato da aposta.

    A partir de 2010, a quantidade de vezes que uma equipe aparecer nas apostas definirá em que grupo de remuneração ele aparecerá, se no grupo I, II ou III.

    Como eu falei antes é justo, justíssimo.

  19. Caro, Amir Somoggi

    Sou uma apostadora da Timemania a pouco tempo e gostaria de saber de voçê algumas coisas :
    Vc acha que a Timemania vem fazendo um bom trabalho como os clubes?
    E os torcedores vem apoiando esta nova loteria ?
    Tenho ouvido algumas criticas, e vc acha q isto vem crescendo nos ultimos meses ?

    Olá Tais,

    Acredito que a Timemania está bem longe do “mundo ideal” que a CEF, Governo e os clubes apresentaram à sociedade. Em 2009 saberemos o real efeito da loteria para a contas dos clubes.

    Ví uma entrevista do Ministro dos Esportes recentemente e me pareceu que ele deveria dar uma lida aqui no blog, pois parecia que a Timemania estava superando as expectativas iniciais.

    Quanto ao apoio dos torcedores, os dados apresentados pelo Marcos Silveira aqui no blog demonstram que o número de apostadores não cresce muito.

    As críticas sobre a Timemania são por conta da baixa arrecadação e da possível necessidade dos clubes que mais devem em ter que tirar dinheiro de outras fontes de receitas para ficar em dia com o Governo.

    Um abraço.

    Amir

  20. […] não dizer que este é um blog autoritário, aqui tem um (ótimo) texto cujo posicionamento diverge do meu. Vale a […]

  21. Muito bom. Parabéns!


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